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JAN
21
21 JAN 2020
SECRETARIA DE SAÚDE ALERTA PARA CASO DE FEBRE HEMORRÁGICA NO ESTADO
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Nesta terça-feira, 21, a Secretaria de Saúde do Governo do Estado, por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” (CVE), emitiu uma Nota Informativa após a identificação de um caso de Febre Hemorrágica por Arenavírus no Estado de São Paulo.

Na última sexta-feira, 17, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Central/CIEVS) da Secretaria do Estado recebeu do Instituto Adolf Lutz a confirmação de um caso de Arenavírus.

A doença acometeu um homem de 52 anos que reside no município de Sorocaba e trabalha como pintor autônomo. Ele começou a sentir os sintomas quando visitava parentes no município de Eldorado. No dia 30 de dezembro de 2019, passou a sentir desconforto gástrico, dor muscular intensa (principalmente na região da panturrilha), cansaço intenso, sensação de febre e falta de apetite. Ele havia sido vacinado contra a Febre Amarela em 08 de março de 2018 (dose fracionada) e veio a falecer no último dia 11.

Com isso, teve início a investigação do caso com coleta de exames específicos, investigação dos locais frequentados pela vítima para determinar o local provável de infecção e o período de transmissão para verificar a necessidade de medidas de controle vetor. Foram, também, desencadeadas as ações de bloqueio de vacinação e de controle de vetor (mosquito).

Na última quinta-feira, 16, o CVE recebeu do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores e Outras Zoonoses (NDTVZ) da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) do município de São Paulo e informação do diagnóstico de um novo vírus Mammarenavírus, da família Arenaviridae, ainda sem espécie definida, realizado pelo Laboratório de Técnicas Especiais (LATE) do Hospital Israelita Albert Einstein. A amostra foi encaminhada pelo Departamento de Moléstias Infecciosas do HCFMUSP para investigação da Febre Hemorrágica. Na sexta-feira, 17, o Instituto Adolf Lutz confirmou o diagnóstico. O sequenciamento está em andamento.

Febres Hemorrágicas Virais

Febres Hemorrágicas Virais (FHV) é um grupo de doenças infecciosas com sintomas semelhantes em humanos, os vírus causadores afetam o sistema vascular e podem produzir uma doença grave que afeta todos os sistemas do corpo humano em alguns pacientes. Os arenavírus, conhecidos por causarem FHV incluem o vírus Lassa (febre de Lassa), o vírus Junin (febre hemorrágica argentina), os vírus Machupo e Chapare (febre hemorrágica boliviana) o vírus Guanarito (febre hemorrágica venezuelana), o vírus Sabiá e o vírus Lujo.

FHV associadas à arenavírus são doenças zoonóticas, com humanos agindo como hospedeiros acidentais. Os vírus são transportados em reservatórios de animais assintomáticos, geralmente roedores. Nos seres humanos, a doença pode ser de leve a grave ou até fatal.

Mammarenavírus

A família Arenaviridae é dividida em três gêneros: Mamarenavírus, Reptarenavírus e Hartmavinirus. Os mammarenavírus contêm vírus responsáveis por causar doenças da febre hemorrágica humana, incluindo os vírus do Novo Mundo Junin, Machupo, Vírus Guanarito, Sabiá, Chapare e vírus do Velho Mundo Lassa e vírus Lujo.

Transmissão

As pessoas contraem a doença principalmente por meio da inalação de um vírus formado a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. As atividades agrícolas têm sido relacionadas a infecções com alguns arenavírus da América do Sul, onde os trabalhadores podem ser expostos ao vírus em máquinas de colheita.

A transmissão do arenavírus de pessoa para pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não utilizados equipamentos de proteção, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções. O período de incubação, ou seja, o tempo que compreende entre a exposição do vírus até o início dos sintomas geralmente é de 6 a 14 dias, podendo variar de 5 a 21 dias.

Sinais e sintomas

O quadro de Febre Hemorrágica por Arenavírus apresenta variações clínicas de acordo com o vírus que causou a infecção, por isso existem Febre Hemorrágica Argentina (vírus Junin), Febre Hemorrágica Boliviana (vírus Mapucho e Chapare), Febre Hemorrágica associada a Sabiá e Febre Hemorrágica Venezuelana (vírus Guanarito) nas Américas.

Os arenavírus causam um síndrome febril hemorrágica com quadro inicial de febre, mal-estar, dor de garganta, dores musculares, dores no abdômen e ao redor dos olhos, tonturas, sensibilidade à luz e prisão de ventre.

O paciente pode evoluir com fraqueza extrema, dor abdominal, vermelhidão nos olhos, rosto e tronco vermelhos, rosto e tronco vermelhos, queda de pressão, surgimento de um pequeno ponto vermelho no corpo, mancha vermelha na parte branca do olho, sangue na urina, convulsões e encefalite. A doença pode evoluir com manifestações neurológicas e grave comprometimento do fígado resultando em hepatite.

Devido à síndrome de extravasamento capilar (pressão baixa), o paciente pode apresentar frequência cardíaca abaixo do normal, disfunção celular, acometimento pulmonar e edemas, principalmente na face e região cervical, além de elevação excessiva de glóbulos vermelhos no sangue, redução de leucócitos no sangue com baixo nível de glóbulos brancos e deficiência de plaquetas no sangue.

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