A Diretoria Municipal de Saúde de São Manuel está com falta de medicamentos que são adquiridos para atendimento à população.
Dentre os insumos em falta estão remédios para dores e até Insulina. De acordo com a Diretora Municipal de Saúde Patrícia Rossanesi, a situação é nacional. Outro fator agravante está a baixa adesão de fornecedores aos processos de licitação, levando em consideração o valor disponibilizado para o pagamento destes medicamentos na tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A Diretoria Municipal de Saúde explicou que São Manuel está com mais de 75% dos remédios ofertados pela rede municipal de medicamentos (Remume) em estoque e disponíveis à população.
Segundo a diretoria muitos medicamentos estão em processo de compra ou aguardando entrega, mas as empresas fornecedoras não vêm participando dos processos licitatórios.
Um levantamento feito com centenas de farmacêuticos revelou também que metade reclama da falta de analgésicos básicos como Ibuprofeno, Dipirona e Paracetamol. Eles relataram o sumiço dos antimicrobianos, como a Amoxicilina, que é receitada pelos dentistas antes de uma cirurgia. Até remédios os de uso continuo estão em falta, como o Carbamazepina para tratar epilepsia.
Mesmo o governo federal tendo autorizado no último dia 31 de março o reajuste de 5,6% nos preços de medicamentos para os fabricantes, a situação ainda não melhorou. O aumento refletiu nos preços de aproximadamente 10 mil medicamentos.
O Brasil passa por uma fase de desabastecimento de remédios em diversas regiões. A falta de medicamentos tem afetado não só farmácias, mas hospitais e unidades públicas de saúde na maioria das cidades do País. O desabastecimento se dá pela ausência de matéria-prima para compor as substâncias e, também, a escassez de insumos para embalagem.