As Unidades de Saúde do Município estão realizando uma campanha de prevenção e conscientização sobre a hanseníase, alertando e informando aos pacientes os sinais, sintomas, e ainda a importância da avaliação precoce e serviços ofertados pela rede municipal de saúde, no combate à doença.
Na manhã desta quinta-feira (26) esse trabalho foi desenvolvido nas Unidades de Saúde da Vila Rica e São Geraldo e contou com a participação dos agentes comunitários de saúde e enfermeiras, inclusive com a distribuição de panfletos.
A cada ano, o Brasil registra 30 mil novos casos de hanseníase. O dado oficial é considerado subnotificado pela SBH, que acredita ser cinco vezes maior. Doença grave e incapacitante, que afeta os nervos, a hanseníase tem afetado um grande número de adolescentes, menores de 15 anos. Como pode levar até dez anos para se manifestar, significa que o contágio provavelmente ocorreu na infância. Os casos são mais comuns nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de bolsões de pobreza em grandes cidades.
Trata-se de uma doença infecciosa, contagiosa, associada a desigualdades sociais porque afeta principalmente as regiões mais carentes, sendo transmitida por meio de bacilos presentes nas secreções nasais e gotículas da saliva ou espalhadas pela tosse e espirros de pessoas que carregam os bacilos e não estão sendo tratadas. Já os pacientes em tratamento não transmitem — aqueles que estão sendo tratados deixam de transmitir.
Os principais sintomas são dormências, dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; lesões de pele (caroços e placas pelo corpo) com alteração da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque e áreas da pele com alteração da sensibilidade mesmo sem lesão aparente; e diminuição da força muscular. Essas manchas são esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas.
As pessoas que apresentarem os sintomas descritos devem imediatamente procurar pelo atendimento em uma Unidade de saúde do Município.