Atrelado à Campanha do Outubro Rosa na qual conscientiza mulheres sobre prevenção e/ou detecção precoce ao câncer de mama, ovário, colo do útero e endométrio o CAPS de São Manuel trabalhou em seu grupo COLETIVO FEMININO, para além da questão clínica/biológica, a questão da LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER, em alusão ao 10 de outubro: Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher.
Em nossa sociedade a Opressão Feminina se manifesta de diversas maneiras: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, MERCANTILIZAÇÃO DO CORPO, DUPLA OU TRIPLA JORNADA DE TRABALHO, FALTA DE IGUALDADE DE OPORTUNIDADES ENTRE HOMENS E MULHERES.
O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres entre 84 dos que compõem o ranking da OMS- Organização Mundial de Saúde.
Apesar da Lei Maria da Penha ter sido promulgada em 2006, a violência contra as mulheres ao invés de diminuir, vem aumentando assustadoramente. E, é nosso compromisso enquanto sociedade reforçar essa luta cotidianamente, nos lares, ambientes de trabalho, escolas, em todos os espaços públicos necessários.
Trabalhamos as distinções entre os cinco tipos de agressões amparados pela citada Lei para uma melhor compreensão, bem como, orientamos sobre as medidas e espaços que devem ser acionados, nos casos de violência, explica Karina Albuquerque, assistente social do CAPS.
Estatísticas dão conta da gravidade e reforçam a importância da conscientização sobre a violência contra a mulher, pois os números de denúncias aumentaram significativamente no período pandêmico: os índices de feminicídio cresceram 22,2% em 2020 em comparação com os meses de março e abril de 2019. De encontro com esse crescente, o CNJ-Conselho Nacional de Justiça lançou em junho de 2020, a campanha SINAL VERMELHO CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. A ideia central é que a mulher consiga pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancárias com um sinal vermelho desenhado na palma da mão. O sinal “X” feito com batom vermelho (ou qualquer outro material) na palma da mão ou em um pedaço de papel, o que for mais fácil, permitirá que as pessoas reconheçam que aquela mulher foi vítima de violência doméstica e, assim, promovam o acionamento da Polícia Militar.
Foi trabalhado de maneira pedagógica com as pacientes através de uma cartilha confeccionada pela equipe.
São através de ações como essas que é possível mudar essa realidade. Vamos juntos?
POR KARINA DE ALBUQUERQUE, MULHER, MÃE, FILHA E ASSISTENTE SOCIAL, ESPECIALISTA EM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, SAUDE MENTAL NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL, TERAPIA DE FAMILIAS E CASAIS, PSICODRAMATISTA.
