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22 JUL 2019
Tonico e Tinoco estão entre os artistas que mais venderam discos na história
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DIVULGAÇÃO

Quem é amante da música sertaneja e curte um bom modão de viola, sabe muito bem a importância da dupla Tonico e Tinoco para o gênero. A dupla caipira foi pioneira no Brasil e fez história em seus 64 anos de carreira, deixando números impressionantes e modificando significativamente a maneira em que se fazia música no país.

Na ativa entre 1930 e 1994, Tonico e Tinoco fizeram tanto sucesso que figuram, ainda hoje, no top10 dos artistas que mais venderam discos no Brasil, com inacreditáveis 50 milhões de cópias. Eles só perdem para nomes como Roberto Carlos, Nelson Gonçalves, Angela Maria, Rita Lee e Benito di Paula.

Considerando apenas o gênero sertanejo, a dupla é a recordista em vendas e os segundos colocados, Chitãozinho e Xororó, estão longe de alcançar a marca, com “apenas” 37 milhões. Os números de Tonico e Tinoco são tão expressivos que eles chegam a aparecer nas listas de recordistas em vendas em todo o mundo.

Além do inegável sucesso, o número tem outra explicação: trabalho duro. Em tanto tempo de carreira, a dupla chegou a realizar quase 1 mil gravações no total, que foram divididas em 83 discos. Além disso, durante o período de estrada, Tonico e Tinoco realizaram o montante de aproximadamente 40 mil shows.

Seus sucessos mais conhecidos incluem as músicas ‘Estrada da Vida‘, ‘Canta Moçada‘, ‘Chalana‘, ‘Tristeza do Jeca‘, ‘Baile na Roça‘, ‘Moreninha Linda‘ e ‘Chico Mineiro‘, entre inúmeras outras. Suas clássicas modas de viola são relembradas e respeitadas ainda hoje pelos artistas da atualidade, que regravam seus sucessos e entoam suas canções em shows ao vivo.

Tonico e Tinoco, inclusive, torceram o nariz para as mudanças na música sertaneja, que, atualmente, soa bem diferente de sua origem. Quando o gênero começou a ganhar as novidades de guitarras e teclados na década de 1980, a dupla bateu o pé e se manteve fiel à sua música caipira de raiz.

A teimosia em rejeitar novidades no estilo talvez tenha sido a principal contribuição da dupla, traçando uma divisória clara – que é reconhecida ainda hoje – entre música raiz e as vertentes sertanejas atuais.

DE ‘IRMÃOS PÉREZ’ A TONICO E TINOCO

Caipiras de origem e de fato, João e José, os ‘Irmaõs Pérez‘, chegaram na cidade grande na década de 1940 vindos do interior de São Paulo. Antes disso, a música começou como hobby e a primeira apresentação profissional da dupla aconteceu na Festa de Aparecida de São Manuel, no dia 15 de agosto de 1935.

Depois de cantarem em circos, festas e participarem de um concurso de rádio (e vencerem!), conseguiram gravar o primeiro disco em 1944. Na ocasião, receberam, do produtor musical Capitão Furtado, o nome que lhes acompanharia por toda a vida: ‘Tonico & Tinoco‘. Os primeiros sucessos vieram pouco depois, com ‘Percorrendo o Meu Brasil‘, ‘Cana Verde‘ e ‘Canoeiro‘.

Posteriormente conhecidos como a “Dupla Coração do Brasil“, Tonico e Tinoco praticamente criaram o estilo de cantar caipira e emplacaram sucessos. Os dois também foram uma das atrações musicais da primeira transmissão de televisão do Brasil, em 18 de setembro de 1950, na extinta TV Tupi.

Além de discos e shows, a dupla chegou a fazer cinema e apresentou programas de rádio por mais de duas décadas onde cunharam o bordão ‘Ê lasqueira!‘. Eles também chegaram a apresentar programas de televisão em diversas emissoras, como a TV Bandeirantes, o SBT e a TV Cultura.

Em 1994, a dupla se desfez com a morte de Tonico. João Salvador Perez faleceu no dia 13 de agosto ao cair da escada do prédio onde morava. O último show como dupla havia sido na cidade mato-grossense de Juína, em 7 de agosto daquele ano.

Tinoco, seu irmão mais velho, ainda cumpriu contrato de shows e fez cerca de 30 apresentações sem o irmão. Posteriormente, seguiria carreira solo ao lado de seu filho, Tinoquinho. Em 2012, Tinoco tornou-se o artista sertanejo há mais tempo na ativa – até que, em 4 de maio daquele ano, morreu aos 91 anos de idade. Ele teve uma insuficiência respiratória e duas paradas cardíacas.

Desconhecida por muita gente, mas consagrada entre tantos outros fãs, a dupla conta com um importante acervo histórico guardado em um depósito do Arquivo Histórico Municipal de Guarulhos, em São Paulo. As peças contam com chapéus e calças coloridas usados por eles em shows, folders antigos, discos, revistinhas, troféus e muitas fotos.

O rico material foi doado pela própria dupla ainda nos anos 1970 e, apesar de ter passado 20 anos em exposição, hoje está apenas acumulando poeira, sem previsão para retornar ao acesso público.

Fonte: por JOSÉ ELIAS MENDES/ Revista,Cifras

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