A 2ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis ocorreu entre os dias 24 e 28 de abril em São Manuel. Os pacientes do ESF Santa Mônica e do ESF São Geraldo puderam realizar o teste rápido de Sífilis, que é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) que está novamente aumentando a incidência entre os brasileiros.
Na Santa Mônica, 53 pacientes realizaram o teste, sendo que 9 (nove) tiveram o resultado positivo; já na São Geraldo, de 12 testes, um deu reagente. Os casos positivos ou reagentes foram encaminhados para consulta médica. “Como o teste rápido não é diagnóstico, temos que colher sangue do paciente que deu positivo e mandar para o laboratório para fazer o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), que é o exame convencional para sífilis. Se der positivo, o médico vai investigar qual estágio esta a doença (primária, secundária ou terciária) e iniciar o tratamento”, explica Ana Lúcia Juliani Brasílio, Enfermeira da Vigilância Epidemiológica.
O tratamento da Sífilis é com Benzetacil injetável, que pode ser 2 ou 3 aplicações, uma em cada semana.
Embora a sífilis congênita seja um agravo em eliminação, o número de casos continua crescendo no país. Em 2015, no Brasil, foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano de idade, sendo 43% residentes na região Sudeste. No estado de São Paulo, no mesmo ano, foram notificados 3.437 casos, que correspondeu a uma taxa de incidência de 5,4 casos por mil nascidos vivos. A taxa de incidência aumentou quatro vezes, quando comparados os anos 2009 e 2015 (de 1,4 para 5,4 casos/1000 NV). Do total de casos do Estado, 10% (N=354) foram abortos, natimortos e óbitos por sífilis congênita. Lembramos que a sífilis congênita é um agravo que é possível prevenir e com medidas de baixo custo.
As ações para eliminação da sífilis congênita encontram-se na atenção básica, na prevenção da sífilis em mulheres em idade fértil, em gestantes e nos parceiros sexuais, através de diagnóstico precoce, tratamento oportuno e adequado.