Dia 21 de Setembro é marcado pela Luta das Pessoas com Deficiência e, como forma de dar visibilidade a causa, a Diretoria de Promoção Social junto com o Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência organizaram o I Encontro Municipal de Luta das Pessoas com Deficiência. O Encontro ocorreu na tarde da última quinta-feira (21), no Centro de Convivência dos Idosos, e contou com a presença do Chefe do Executivo; dos vereadores João Paulo Piovan e Alexandra Guimarães; da Chefe do Gabinete, Jô Fuin; da vice-presidente da APAE de São Manuel, Maria Favorito Santarém; e da palestrante Juliana Pimentel, assistente social e deficiente visual.
O presidente do Conselho, Renato Bragiatto, abriu o evento e explicou que a data foi escolhida em 1988, antecedendo a Primavera, o que representa o renascimento “O renascimento de uma luta que não pode cessar”, ressaltou. O coral da APAE de São Manuel, regido por Marcos Rossetto, apresentou três músicas que emocionaram e animaram os presentes.
Com a palavra, o Chefe do Executivo agradeceu as autoridades presentes e afirmou que ainda há muita ação para ser realizada, como acessibilidade, capacitação de profissionais dos setores públicos para que lidem com as demandas das pessoas com deficiência no sentido de integrá-las à sociedade, e a luta contra o preconceito.
O vereador João Paulo Piovan é cadeirante e foi convidado a contar sobre a sua vida e a sua luta. Emocionado, o legislador narrou a transformação que ocorreu em sua rotina após o acidente que sofreu em 2006. “Fiquei paraplégico e voltei para São Manuel (na época, eu morava em Rio Claro). Eu tinha duas opções: lutar e vencer ou ficar em casa, na cama. Tive que aprender tudo novamente. Com apoio da família e amigos, lutei e venci! A cadeira não me limita a nada! Tudo o que eu quero fazer, eu faço!”, narrou João Paulo.
A palestrante da tarde, Juliana Pimentel, também contou sobre sua experiência de vida. “Perdi completamente a visão com 15 anos. Foi de repente! Fiquei com depressão, porque nem eu e nem minha família conhecíamos sobre deficiência. Após um período reclusa, decidi voltar a estudar, aprendi braile, depois, passei a andar com bengala… A vida foi seguindo e acontecendo”, comentou.
Após algumas reflexões, Renato Bragiatto encerrou o evento, dizendo: “Este é um dia inédito, importante e, com certeza, o primeiro de muitos encontros que faremos sobre o tema”.