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Neste 9 de Julho, quando o Estado de São Paulo celebra a Revolução Constitucionalista de 1932, lembramos com orgulho do jovem Mário Martins de Almeida, nascido em São Manuel e um dos quatro estudantes que deram origem ao movimento MMDC — símbolo máximo da luta paulista por uma nova Constituição.
Mário Martins de Almeida pertencia à tradicional família Martins, proprietária da Fazenda Santa Francisca. Ao lado de Euclydes Miragaia, Antônio Camargo e Drausio Marcondes, ele foi morto durante uma manifestação no centro de São Paulo, no dia 23 de maio de 1932. O protesto era contra o governo provisório de Getúlio Vargas, instaurado em 1930, que havia nomeado interventores nos estados e suspendido a Constituição de 1891, governando sem um marco legal definido.
Na ocasião, 11 manifestantes foram atingidos a tiros. Três morreram ainda no local: Mário Martins de Almeida, Euclydes Miragaia e Antônio Camargo. Drausio Marcondes de Souza, de apenas 14 anos, faleceu cinco dias depois.
A sigla MMDC foi formada com as iniciais desses quatro jovens mártires. O movimento cresceu e se transformou no levante armado de São Paulo pela restauração da ordem constitucional.
Curiosidade: apesar da sepultura familiar estar localizada em São Manuel, no Cemitério Municipal, Mário Martins de Almeida está sepultado no Memorial da Revolução Constitucionalista de 1932, no Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo — um dos mais importantes monumentos cívicos do Brasil.
Além de Mário, muitos outros são-manuelenses também se alistaram e lutaram na Revolução de 1932, movidos pelo desejo de devolver ao Brasil uma Constituição e garantir os direitos do povo.
Neste 9 de Julho, São Manuel homenageia um de seus filhos ilustres e reverencia a memória de todos os que lutaram por um ideal de justiça e democracia:
Mário Martins de Almeida, herói — e por que não dizer mártir — da Revolução Constitucionalista de 1932.